De Francisco Francerle para o Diário de Natal
"Natal vive uma epidemia de dengue". A afirmação é da diretora do Departamento de Vigilância e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cristiana Souto. Os dados do último boletim indicam que a cidade ultrapassou o limite máximo permitido para que se constate esse quadro. De acordo com metodologia do Ministério da Saúde, é considerado epidemia quando uma cidade registra aproximadamente 80 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.
A medida usada antigamente para considerar uma quadro como sendo de epidemia era de 300 casos para cada 100 mil habitantes. Entretanto, a metodologia foi modificada e desde o início do ano a SMS usa o "diagrama de controle" como parâmetro. No último boletim foram registrados 1.437 casos de dengue clássica e 105 casos de FHD (dengue hemorrágica), sendo que, destes, 25 já foram confimados. As zonas Leste e Oeste da capital são as mais afetadas com o aumento dos casos.
Configurada a situação de epidemia, a Prefeitura de Natal está convocando um mutirão de prevenção e combate aos focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cristiana Souto, o mutirão vai reunir, a princípio, todas as secretarias municipais, Exército, Marinha, grupo de Desbravadores e agentes mirins, além dos municípios da região metropolitana de Natal para atuar em conjunto nas regiões fronteiriças. Com relação à participação do Exército e Marinha, ela aguarda resposta dos ministérios.
"Essa força-tarefa vai possibilitar um maior número de identificação e tratamento de possíveis criadouros e a participação dos agentes mirins será um trabalho mais educativo, envolvendo cerca de 500 alunos de escolas do ensino fundamental, em parceria com a rede de supermercados Nordestão, capacitando alunos como agentes multiplicadores na sensibilização da comunidade onde a escola está inserida", diz Cristiana.
Ela explica que todas as secretarias municipais vão ser convocadas para trabalhar, semanalmente, até junho, ações nos bairros que apresentam maior incidência. No mutirão contra a dengue, secretarias como as de Educação, Saúde, Serviços Urbanos, Meio Ambiente, Obras Públicas e Infraestrutura e Urbana, por exemplo, vão poder destinar um olhar diferenciado para as especificidades de cada bairro, com ações voltadas para praças, cemitérios, e imóveis fechados, além de fazer todo um trabalho de educação ambiental e remoção de sedimentos das lagoas de captação de águas pluviais, para impedir que haja proliferação do mosquito. A Urbana fará também a limpeza de terrenos baldios públicos, como parte do mutirão.
Mãe Luíza possui mais casos
As zonas Leste e Oeste de Natal estão são as que estão em situação mais crítica no que diz respeito à infestação de dengue. O bairro de Mãe Luíza, na primeira região citada, com o índice de 572,66, e Bom Pastor, na Oeste, com 392,56, lideram as estatísticas da doença. Na área leste, levando-se em conta todos os bairros, o índice ultrapassa mais de 200 casos para cada 100 mil habitantes. Já na Zona Sul, o bairro mais preocupante é Lagoa Nova, com o índice de 242,29. VEJA A MATERIA COMPLETA...
Fonte: DN Oline
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