segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cai número médio de filhos, por mulher, no Rio G. do Norte

CLEDIVÂNIA PEREIRA - editora
Há 40 anos, se o Dia das Mães fosse comemorado com tanto apelo comercial como hoje, a data seria bem mais movimentada no Brasil. Nessa época, cada mulher tinha em média 6,2 filhos. Esse número é bem diferente do registrado em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que aponta a redução da taxa de fecundidade para apenas dois filhos por mulher. 

Essa queda também se reflete no Rio Grande do Norte. No mesmo estudo, o Estado  apresenta um índice ligeiramente maior que a média nacional. Aqui, as mulheres  tem em média 2,1 filhos. Outros dados – também do IBGE – apontam essa redução na última década. Em 2001, nasciam 22,9 crianças para cada 1.000 habitantes. Oito anos depois (2009), o IBGE divulgou que nasciam 17,9 para a mesma população. 

É uma tendência de todas as regiões do país, que registrou nos últimos dez anos o segunda maior declínio  na taxa de natalidade entre as 30 maiores economias mundiais. Apenas a China - que reconhecidamente tem um rigoroso programa de controle de natalidade – reduziu mais esse índice que o Brasil.

E sabe o que esses números complicados apontam, na prática? Que as mulheres estão tendo menos filhos. Que a condição de ser mãe está mais rara.

Segundo a doutora e professora do Departamento de Ciências Sociais da UFRN, Maria das Graças Lucena, a queda nesses índices se dá – principalmente – pela mudança de comportamento das mulheres na sociedade.  “O ponto principal não é a entrada da mulher no mercado de trabalho. É, sim, o controle da mulher em sua sexualidade”, explica.

Maria das Graças analisa que, com o surgimento dos anticoncepcionais, a mulher começa a ter controle sobre seu corpo e passa a alterar o pensamento de que a maternidade seria o objetivo principal de vida. 


adriano abreuMaria das Graças Lucena acredita que tendência é reflexo da mudança de comportamento da mulherMaria das Graças Lucena acredita que tendência é reflexo da mudança de comportamento da mulher
Fernanda conta que nenhuma das três gravidezes foi planejada. “Mas confesso que me descobri como mãe e não imagino a minha vida sem eles”. Ela diz que não é raro as pessoas ficarem impressionadas quando sabem que ela já tem três filhos. “Se quando eu nasci, ter três  filhos já era considerada uma família grande, imagine nos dias de hoje”.


Fonte: Tribuna do Norte

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