segunda-feira, 9 de maio de 2011

RN quer emplacar 119 novos parques

Fred Carvalho e Andrielle Mendes - editor do TN Online e repórter de Economia
 
O Rio Grande do Norte inscreveu 119 projetos eólicos nos leilões A-3 e de reserva do Ministério de Minas e Energia. Juntos, os projetos representam 5.764 mil MW de energia elétrica. A informação foi repassada ontem pelo ex-ministro e atual secretário executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmermamn, durante audiência pública, proposta pelo deputado estadual Walter Alves. O número ainda não é definitivo. Os processos ainda passarão pela fase de habilitação. Embora o Ministério não tenha antecipado se o RN se mantém como líder em número de projetos, afirmou que a  quantidade de energia proposta para ser produzida no estado supera a meta nacional, que é de 5 mil MW por ano.     

emanuel amaralOs projetos do Rio Grande do Norte inscritos para os leilões deste ano representam 5.764 mil MW de energia elétrica. O número é maior que o registrado nos leilões anteriores, mas ainda pode mudar
Os projetos do Rio Grande do Norte inscritos para os leilões deste ano representam 5.764 mil MW de energia elétrica. O número é maior que o registrado nos leilões anteriores, mas ainda pode mudar
A quantidade de energia proposta para o RN, segundo Jean Paul Prates, ex-secretário estadual de Energia e presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), é um pouco maior que a registrada nos últimos leilões, e mostra que, apesar dos entraves, há mercado. Ele estima que do total de projetos inscritos, 40% sejam aprovados, representando pouco mais de mil MW. A taxa de aprovação é a melhor do País e, se atingida, garantirá a liderança do RN na próxima disputa, agendada para julho deste ano. O novo leilão,  considerado o mais competitivo de todos, marcará uma melhor distribuição dos parques eólicos no Rio Grande do Norte, segundo Prates. E também garantirá cifras robustas em investimentos no estado. Cálculos do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, apontam que os investimentos poderão chegar a R$12 bilhões.

A audiência também abordou os entraves do setor. Entre eles, a falta de uma rede de transmissão. Para Flávio Azevedo, presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), a falta de infra-estrutura pode afugentar investidores e estigmatizar o estado. Flávio relembra que os 61 parques aprovados nos últimos leilões ficarão prontos antes da linha de transmissão, que escoará a energia produzida. Além de causar prejuízo aos investidores,  a falta de conexão causaria insegurança nos investidores que desejam se instalar no estado, segundo ele. Segundo Maurício Vieira dos Santos, diretor de desenvolvimento da empresa australiana Pacif Hydro, a falta de infraestrutura pode limitar os investimentos do grupo no RN. “Prospectamos estados que tenham acesso, conexão e vento. Se algum estado não tem conexão, procuramos outro.  Isso é fato”, afirma.

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